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Posted by Telles on 06:27
Exercício n.1
(Clique aqui para baixar o documento em pdf)

1) Analise as peças abaixo, reconhecendo as funções da linguagem (e a função predominante) em cada exemplo (clique nas imagens para vê-las em tamanho maior):

Campanha criada por Os 3 Mosqueteiros para a marca Recco (Dia dos pais).


Charge de Simanca, publicada em 8 de março de 2013
Capa Revista Capricho, n. 1073, 21 de junho de 2000
Fonte: http://www.emmawatsonitalia.com

Poema de 7 faces
Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.

O homem atrás do bigode
é serio, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.
Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.
Poema de Carlos Drummond de Andrade 

In: ANDRADE, Carlos D. de. Alguma poesia. 5 ed. Rio de Janeiro: Record, 2003.


Anúncio criado pela CCZ para os canais SBT do Paraná, em homenagem o dia da propaganda (4 de dezembro).
Fonte: http://comunicadores.info/category/publicidade-propaganda /page/2 (link inválido)
Link alternativo: https://docs.google.com/file/d/0B1u7SaVFaRhLM1dxZUFuRlZQTlE/edit?usp=sharing

Capa do Jornal da Metrópolis, 8 de março de 2013
Fonte: http://www.jornaldametropole.com.br /pdf/JOR_1362701193.pdf




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ESTUDOS DA LINGUAGEM (cont.)

Posted by Telles on 04:23 in
LINGUAGEM E PERSUASÃO

Referências:
CITELLI, Adilson. Linguagem e Persuasão. 3. ed. São Paulo. Editora Ática, 1988.
ORLANDI, Eni P. A linguagem e seu funcionamento: as formas do discurso. Campinas: Pontes, 1996.

  • O termo persuasão é utilizado cotidianamente (sobretudo quando se trata do discurso publicitário) aludindo a um tipo de comportamento discursivo cujo objetivo é "impor ideias".
  • A palavra ganhou conotações que a colocaram no campo semântico de termos como “convencer”, associando-a a idéias como “mentira”, “engodo” ou “manipulação”.
  • Os estudiosos do discurso sugerem tomar a persuasão como um procedimento resultante de exercícios da linguagem, com o objetivo de formar atitudes, comportamentos ou idéias.
  • O termo persuadir vem do Latim persuadere (per+suadere = aconselhar). Para os teóricos, nenhuma formação discursiva está isenta de caráter persuasivo.
  • Mas é claro que percebemos uma diferença muito grande entre um texto informativo, uma discussão sobre determinado tema e formações discursivas como BEBA COCA-COLA!.
  • Há, portanto, graus diferentes de persuasão, que dependem da natureza estrutural ou funcional de cada discurso.
Eni Orlandi, em sua teoria geral da Análise do Discurso, propõe três categorias gerais de formações discursivas, conforme o grau de persuasão.
Para desenvolver essa tipologia geral, observou-se a participação do referente entre os interlocutores (emissor e receptor) de uma mensagem.

TIPOLOGIA TEXTUAL (OU MODALIDADES DISCURSIVAS), CONFORME O GRAU DE PERSUASÃO
1) Discurso lúdico (grau mínimo de persuasão)

  • O receptor se apropria da realidade-referente, submetendo a transmissão a fatores aleatórios ou às necessidades da própria linguagem.
  • O discurso tende à mudança, à polissemia (multiplicidade do sentido).
  • A possibilidade de múltiplas interpretações concede ao receptor maior participação no discurso.
- Por sua característica polissêmica, isto é, por sua abertura a múltiplas interpretações, favorecendo maior participação do receptor, o discurso artístico (literatura, filmes, música etc.) é dado como exemplo dessa categoria.


As latas da Sopa Campbell se tornaram tema de recriação artística, desde que Andy Warhol produziu sua famosa série, em 1962. 

As crônicas constituem um bom exemplo desse tipo de discurso no espaço do jornal. Por seu caráter literário, esse tipo de texto oferece mais abertura ao receptor. Como exemplo, a crônica Sem muita novidade (João Ubaldo Ribeiro, O Estado de S. Paulo, 19/02/2011).

 2) Discurso polêmico (grau médio de persuasão)

  • O sentido é construído pela reversibilidade dialógica entre os pólos interlocutores da linguagem.
  • Neste caso, o discurso apresenta tensão entre a paráfrase e a polissemia, entre a identidade e a multiplicidade.
  • Essa tensão tende à reorganização da linguagem.
  • A cena discursiva polêmica pode ainda se constituir no confronto de duas posições autoritárias.
- Os exemplos dados para essa categoria são as defesas, as aulas e quaisquer situações em que posicionamentos distintos estejam em confronto. Ainda que os discursos em jogo sejam autoritários, esses exemplos são considerados polêmicos justamente por manterem espaço para a divergência.

O texto intitulado "Dois pesos...", de Maria Rita Kehl, também publicado pelo Estadão, em 02/10/2010, abordou e protagonizou dois casos que exemplificam uma das formas de circulação do discurso polêmico em um jornal. Isso porque a publicação teve consequências que deixaram clara uma divergência de opiniões (daí porque se diz que a repercussão do texto "gerou polêmica").

3) Discurso Autoritário (grau máximo de persuasão)
  • O emissor impõe as suas necessidades de transmissão à realidade-referente da linguagem - isso reduz (e em alguns casos neutraliza) o espaço de intervenção do receptor.
  • O discurso tende à “paráfrase”, isto e, à repetição do sentido e da ordem -subjacente à sua transmissão.
  • Quando o discurso se apresenta na modalidade autoritária, a mensagem cumpre função conativa da linguagem.
- São exemplos os sermões, as orações e o discurso publicitário. Do ponto de vista estrutural, esses tipos de discurso impõem uma direção interpretativa ao receptor, que só pode participar do texto na condição de objeto (e não de co-sujeito).

Nesse slogan criado à época da Ditadura Militar (governo de Emílio G. Médici), a linguagem é autoritária, cumprindo a função conativa da linguagem. O receptor não tem espaço para participar do discurso, senão como objeto (pode apenas concordar OU discordar, mas não modificar a mensagem).

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Posted by Telles on 16:57 in
LINK PARA O VOCABULÁRIO ORTOGRÁFICO
Academia Brasileira de Letras (clique aqui)
"O sistema de busca do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, quinta edição, 2009, contém 381.000 verbetes, as respectivas classificações gramaticais e outras informações conforme descrito no Acordo Ortográfico. 
Para pesquisar no Vocabulário, o usuário deverá digitar:

  • parte da palavra, terminada com asterisco (ex: am* - nesse caso serão listadas todas as palavras que começam por am) 
  • ou a palavra inteira, com espaço em branco no final, acionando a barra de espaço do teclado (ex: amizade)"


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ACORDO ORTOGRÁFICO

Posted by Telles on 11:27 in , , ,
O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA

Promulgado pelo Decreto nº 6.583, de 29 de setembro de 2008 e assinado em Lisboa, em 16/12/1990, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 é um tratado internacional cujo objetivo é unificar a ortografia do português para todos os países de língua oficial portuguesa.

O acordo foi assinado 
em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, por representantes oficiais de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe (o Timor-Leste aderiu em 2004).

Alterações mais significativas:



Essas imagens são recortes de uma tabela publicada pelo Uol, que resume as alterações ortográficas.

Clique aqui para acessar a tabela completa.

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Estudos da linguagem

Posted by Telles on 10:33 in
ASPECTOS GERAIS
  • Todo e qualquer texto existe numa situação específica de comunicação.
  • O texto é uma unidade estruturada.
  • O texto comunica significado.
  • A estrutura de um texto é formada pela coerência e coesão.
  • Todo texto atende a uma função da linguagem.
  • O texto publicitário se constrói a partir da função conativa (apelativa).

FUNÇÕES DA LINGUAGEM

Todo ato de comunicação tem um objetivo principal (geral): informar algo a alguém. Entretanto, as diversas situações comunicacionais atendem a objetivos específicos, que cumprem funções distintas, a depender da ênfase dada a cada um dos elementos da comunicação.

O modelo das funções da linguagem foi proposto por Roman Jakobson em Linguística e Comunicação (década de 1970). Cada função está associada a um dos 6 elementos do esquema clássico da comunicação (emissor, receptor, mensagem, canal, código e referente).

Função emotiva ou expressiva: a mensagem enfatiza as opiniões ou emoções do emissor. Os textos nos quais predomina a função expressiva costumam apresentar alguns traços estruturais:
  • uso da 1ª pessoa do singular;
  • uso de interjeições e exclamações;
  • marcas de pessoalidade;
  • uso de interjeições e exclamações;
  • marcas de pessoalidade e/ou tom confessional.
Exemplos: biografias, memórias, poesias líricas, diários, cartas de amor, requerimentos etc. O poema Motivo, de Cecília Meireles, é um bom exemplo de função expressiva.
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.

Diários, como o exemplo abaixo (Diário de Anne Frank, 1947) também apresentam função expressiva: Diários também apresentam função expressiva.

Função conativa ou apelativa: a mensagem enfatiza o receptor e, geralmente, demanda a interação do receptor. Normalmente, os textos trazem as seguintes marcas:
  • uso da 2ª pessoa do discurso (mais raramente, usa-se também a 3ªpessoa);
  • uso do vocativo;uso de verbos na forma imperativa (que expressa ordem, pedido ou conselho);
  • uso de estruturas interrogativas.Exemplos: sermões, orações, grande parte da produção discursiva da publicidade e da propaganda.
As propagandas institucionais costumam apresentar linguagem conativa:
Função estética ou poética: a mensagem enfatiza sua própria forma de transmissão. Preocupa-se mais com o como dizer do que com o que dizer. Geralmente, os textos:
  • destacam a mensagem, chamando a atenção para sua estrutura;
  • apresentam linguagem mais afetiva, sugestiva, conotativa, metafórica;
  • valorizam as palavras e suas combinações.
Exemplos: metáforas e outras figuras de linguagem apresentadas em obras literárias, letras de canção, propagandas etc.

Função fática: a mensagem enfatiza o canal (meio/suporte). Os textos em que predomina a função fática geralmente procuram iniciar, testar ou manter a comunicação. Traços discursivos evidentes:
  • mensagens reticentes, sintaticamente incompletas (sobretudo no caso da linguagem verbal);
  • uso de interrogações.
Exemplos: "alô?", "pronto!", "oi!", "tudo bem?" "boa tarde!", etc.
Podem ser exemplos ainda aqueles casos que colocam em evidência a própria mídia utilizada, como os outdoors que anuciam espaços reservados para publicidade (o que também pode caracterizar a função metalinguística, como veremos depois).


Outro exemplo: Busdoor criado por estudantes da Miami Ad School para o Dr. Escova.

Função metalinguística: a mensagem enfatiza seu próprio código de transmissão. Esse tipo de mensagem:
  • costuma ser autorreferente (há correspondência entre assunto e linguagem utilizada);
  • tende a provocar uma reflexão sobre as condições de produção ou apreensão daquela linguagem.
Exemplos: dicionários, gramáticas, textos que analisam textos, poesias que abordam a própria escrita literária; filmes que tematizam o próprio cinema etc.
As seções do tipo "erramos", em um jornal, fazem referência a alguma publicação desse veículo de comunicação. Elas se configuram, portanto, em exemplos de função metalinguística no discurso jornalístico.
Outro exemplo: os dicionários usam a linguagem verbal para falar da própria linguagem verbal.

Função referencial ou denotativa: a mensagem enfatiza o referente; Preocupa-se mais com o que diz do que com o como diz. Esse tipo de texto geralmente apresenta:
  • linguagem mais objetiva;
  • ênfase na informação;
  • uso da a 3ª pessoa do singular (às vezes do plural) ou da forma impessoal.
Exemplos: textos jornalísticos e científicos, manuais. Trata-se de textos que não podem deixar uma margem muito larga para livres interpretações, porque precisam passar a informação de modo mais direto, como no exemplo abaixo:
Jornal Correio do Povo, Porto Alegre, 22/2/2013, p.18

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Posted by Telles on 21:42 in
PROGRAMA DO CURSO
(clique aqui para baixar o programa completo)

I bimestre

– Estudos da linguagem: problemas e técnicas na produção oral e escrita:
  • Funções da linguagem
  • Linguagem e persuasão
  • Linguagem, Língua e Fala: conceitos a partir das perspectivas da teoria da comunicação, lingüística textual e da sociologia.
– A importância do ato de ler e escrever na formação do profissional de Comunicação:
- Aspectos da gramática normativa: revisões de sintaxe (frase, oração, período, parágrafo), morfologia e semântica. 

II bimestre
– Coesão e coerência textuais;
– A intertextualidade;
– Relações conceituais: a linguagem verbal e a produção jornalística e publicitária. 
– Tipologias textuais:
  • Dissertação, narração e descrição;
  • Texto argumentativo e texto informativo;
  • Estrutura do texto dissertativo - defesa do ponto de vista, introdução, desenvolvimento e conclusão.
  • Produção de textos: dissertativo, narrativo, descritivo;
- Produção de textos científicos: resumo, resenha e fichamento

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